PJ → CLT na prática: como migrar seus farmacêuticos sem travar a operação

Introdução

Migrar de PJ para CLT assusta muita gente, mas com roteiro e governança, dá para reduzir passivos e manter a loja rodando. Este guia traz passos objetivos, pontos de atenção e um checklist final para você executar com segurança.
 

Por que migrar?

  • Risco trabalhista: subordinação + exclusividade + pessoalidade em PJ costuma caracterizar vínculo.
  • Previsibilidade de custo: encargos sob controle e menor volatilidade contratual.
  • Governança sanitária: RT com jornada e cobertura formalizadas facilita auditorias e renovações.

 

Linha do tempo recomendada (visão executiva)

  1. Diagnóstico (semana 1): mapeie todos os PJs (escala, remuneração, benefícios “informais”).
  2. Cálculo de custo (semana 1–2): simule CLT por faixa/sindicato + cenários de jornada.
  3. Desenho de cargos & escalas (semana 2): RT, farmacêutico substituto e folguistas.
  4. Jornada e cobertura (semana 2–3): grade por loja, com plano B para férias/atestados.
  5. Comunicação & adesão (semana 3): proposta, perguntas frequentes, data de corte.
  6. Admissão & registros (semana 3–4): exames, contratos, eSocial, CRF e LTCAT/PPRA/PCMSO.
  7. Transição operacional (semana 4): revezamento para não deixar balcão sem RT.
  8. Pós-migração (30 dias): validação de folha, horas extras, DSR e adicionais.

 

Passo a passo (operacional)

1) Diagnóstico jurídico e de pessoas
  • Liste quem é PJ hoje, onde atua, horas por semana e remuneração total.
  • Classifique riscos (alto/médio/baixo) por evidências de subordinação e exclusividade.
2) Simulação de custos CLT
  • Salário base por piso/sindicato, adicionais (noturno, periculosidade quando aplicável), FGTS, INSS, 13º, férias + 1/3, benefícios (VT, VA/VR, plano).
  • Compare custo mensal atual vs. projetado, incluindo banco de horas e hora extra.
3) Redesenho de escalas
  • Defina RT principal e substitutos (cobertura de almoço, férias e afastamentos).
  • Crie escala padrão (ex.: 5×2 ou 6×1) e escala de contingência (curto prazo).
  • Documente controle de ponto e política de troca de plantões.
4) Documentos e sistemas
  • Contrato CLT, descrição de cargo, política de horas extras, ASO admissional, cadastro eSocial, registro no CRF da vinculação do RT, atualização de organograma e POPs.
  • Atualize perfil no sistema de ponto e cadastre a escala publicada.
5) Comunicação e engajamento
  • Explique pontos financeiros, benefícios, evolução de carreira e estabilidade.
  • Ofereça onboarding: políticas, POPs, auditoria interna de balcão e de dispensação.

 

Riscos e como mitigar

  • Passivo retroativo: proponha acordo de transição com quitação de parcelas de forma transparente (assessoria jurídica é indispensável).
  • Cobertura falha do RT: mantenha banco de folguistas e agenda de substituição publicada.
  • Estouro de folha: monitore horas extras semanalmente e use banco de horas.

 

Indicadores de sucesso (30–90 dias)

  • % de turnos com RT coberto (meta ≥ 99%).
  • Horas extras por farmacêutico (meta ≤ 8h/mês).
  • Reclamações trabalhistas (meta: 0).
  • Glosas sanitárias ligadas a ausência de RT (meta: 0).

 

Checklist rápido

  • Levantamento de PJs e riscos
  • Simulação de custos e cenários
  • Escalas (padrão + contingência)
  • Contratos, ASO, eSocial, CRF
  • Políticas (horas extras, plantões, ponto)
  • Onboarding + POPs revisados
  • Monitoramento de KPIs por 90 dias

 

Fale com um especialista para revisar contratos.

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